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​Cozinha regional de primeira, em Setúbal, é referência afetiva de recifenses


Este ano, restaurante regional de Setúbal completa 50 anos de história sob administração da mesma família

Que os 50 são os novos 40, dizem os pesquisadores. Se Tio Pepe fosse gente, que está comemorando em plena forma meio século de vida nas mãos da mesma família, essa idade cairia para 30, certamente. A vitalidade do restaurante é algo que impressiona antigos e novos clientes. Fundado pelo espanhol José Garrido, na década de 1960, nas areias de Boa Viagem, o estabelecimento não sai de moda. Os motivos são muitos, mas sobretudo, acredito, pela alma singular mantida pela família de Pepe. Sua filha Mirtes é a autora genial de tudo o que existe hoje na casa: o cardápio, a decoração divertida cheia de penduricalhos garimpados em ferro velho, xilogravuras, cama que virou mesa. Tudo vira arte por Mirtes. Há três anos, um reforço importante veio somar à gestão. O primo Eduardo Andrade é o pé no chão da dupla e tem a delicada missão de equilibrar melhorias e tecnologia sem descaracterizar o espírito orgânico do espaço.

As mudanças já começaram, ele avisa. Uma cozinha mais robusta - tem forno combinado, máquina de resfriamento rápido, em breve também, câmaras frigoríficas individuais. Para além desse cômodo, tablets com o cardápio fotografado e traduções em inglês e espanhol facilitarão a visualização dos pratos com nomes "não auto-explicativos", como caranguejo metido a coxinha - uma coxinha coquetel com massa de macaxeira e recheio do crustáceo temperado; e porca vulcânica. Capaz de botar bom humor no mais triste dos dias. A técnica de assar as carnes segue inalterada, porém. São braseadas e chegam ao cliente em chapas ferventes. O dom charque é o meu predileto, um naco de charque de cupim servido com fatia de abacaxi quente. Peço com farofa de jerimum e batatas sauté condimentadas com páprica, ou farofa de cuscuz.

No topo dos mais vendidos está o filé trifásico, mignon bovino recheado com creme cheese e cubos de bacon, acompanhado por um arroz com cogumelo, e tempero guardado a sete chaves, bananas à milanesa e macaxeira palha. Das coisas do mar, inspiração inicial do espanhol Garrido, peixada pernambucana, peixe ao molho de camarão e o dona pepa, pescada amarela chapeada. Eduardo promete que a leva de novidades de aniversário ainda trará pratos com bacalhau e camarão. Finalize como geladíssimo doce de leite bêbado (com vinho do Porto) ou a pernambucaníssima, montada com bolo de rolo, calda de goiaba e sorvete de creme. Para gulosos.

NÚMEROS - Mensalmente, o Tio Pepe recebe 4.500 clientes, sendo a maioria recifenses. Dispõe de estacionamento próprio gratuito. As porções "servem bem três pessoas de apetite normal, duas mais ou menos normais e uma após sete dias de spa", alerta a gerente fictícia da casa, dona Pepa.

SERVIÇO:
Tio Pepe
Rua Almirante Tamandaré, 170, Boa Viagem
Informações: 3341.7153



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